sexta-feira, 29 de março de 2013

Rain Man

    Sempre me perguntava qual era o sentido do título deste filme. Que relação será que haveria entre a história dos caras da capa do filme e a chuva? Após assisti-lo, minhas expectativas quanto ao título foram superadas. E não, não tem nada a ver com chuva.
    Esta é a história de Charlie Babbitt, dono de uma revenda de carros que está passando por dificuldades financeiras. Essas dificuldades, dentro do roteiro do filme, fazem emergir um personagem muito ligado ao dinheiro e, ligadas a essas características, aparecem outras pra completar o pacote clássico: frieza, insensibilidade, dificuldade de comunicação. Logo descobrimos que por trás dessa personalidade está uma família desestruturada: a mãe de Charlie morreu quando ele tinha apenas 2 anos e a relação com seu pai, que nunca foi boa, acaba quando ele tem 16 anos e vai embora de sua casa. 
    Até então, nada de novo, certo? Pois eis que Charlie recebe uma ligação, informando que seu pai faleceu.  Logo após o enterro, ele descobre, casualmente, que tem um irmão mais velho, o qual é o único herdeiro da fortuna de 3 milhões de dólares de seu pai. Raymond Babbitt é autista e possui a Síndrome de Savant, cuja característica é uma grande capacidade intelectual de memorização mas grande dificuldade de interpretação de contexto, sentimentos e emoções.
    A relação que se desenvolve entre os dois irmãos é o que move a história. Acho que uma falha do filme é a mudança brusca do tratamento que Charlie destina a Raymond, que não convence muito. Além disso, desde o início do filme, já se sabe como vai terminar.
    O mais legal do filme: Raymond é inspirado no estadunidense (gênio autista) Kim Peek.

Trailer

Ficha Técnica
Rain Man (1988)
Direção: Barry Levinson
Elenco: Dustin Hoffman, Tom Cruise, Valeria Golino
Duração: 133 minutos
Principais premiações: Filme (Oscar, Globo de Ouro - Categoria Drama), Direção (Oscar, Festival de Berlim), Ator para Dustin Hoffman (Oscar, Globo de Ouro - Categoria Drama, Bafta), Roteiro Original (Oscar, Bafta).

domingo, 17 de março de 2013

Batismo de Sangue

    Este filme é mais uma produção do cinema nacional entre aqueles que retratam a ditadura militar ocorrida entre os anos de 1964 e 1985, cuja apreciação deveria ser obrigatória para todos os cidadãos brasileiros. Acho louváveis produções como essas, que retratam alguma parte de nossa própria história, muitas vezes escondida ou pouco conhecida da maioria da população. Foi dirigido por Helvécio Ratton, conhecedor de causa, já que foi militante do movimento estudantil nessa época obscura de nossa história.
   Baseado na obra realista homônima de Frei Betto, "Batismo de Sangue" retrata o envolvimento de frades dominicanos com a guerrilha de combate à ditadura, liderada por Carlos Marighella, considerado como o maior inimigo do governo no final dos anos 60. Nessa época, os frades Tito, Betto, Fernando, Ivo e Oswaldo decidem apoiar os guerrilheiros e o movimento estudantil, baseados nos preceitos cristãos de defesa da liberdade e soberania do povo. Esse envolvimento faz com que sejam perseguidos pelo delegado Sérgio Fleury (torturador de marca maior do regime militar), torturados e presos. 
    O livro de Frei Betto, assim como o filme, dá ligeiro destaque à história do seu companheiro Frei Tito, considerado mártir da militância, tendo sido torturado por cerca de 30 dias.
    O mais legal do filme: a dramatização muito fiel de uma história real, que vista e sentida através da brilhante atuação do elenco, nos dá a verdadeira noção de como foi a vida em nosso país de tão pouco tempo atrás. 

Trailer

Ficha Técnica
Batismo de Sangue (2006)
Direção: Helvécio Ratton
Elenco: Caio Blat, Daniel de Oliveira, Cássio Gabus Mendes, Ângelo Antônio, Odilon Esteves, Léo Quintão, Marku Ribas
Principais premiações: Direção e Fotografia (Festival de Cinema de Brasília)
Duração: 112 minutos


terça-feira, 5 de março de 2013

Os Miseráveis (Les Misérables)

    Sabemos que existem gêneros no Cinema. Um deles é o Musical, cuja principal característica é o elenco cantar músicas na maior parte do tempo, ao invés de simplesmente falar. A música, nesse gênero cinematográfico, assume o papel principal, diferentemente das trilhas sonoras em outros gêneros. Se tudo isso não é  nenhum segredo de estado, me pergunto porque as pessoas reclamam que "eles cantam o tempo todo". Essa é a característica desse gênero! Quem não gosta da ideia dos atores "cantando suas falas" não assista, pois há pouquíssimos momentos em que isso não acontece.
    Eu, como gosto desse gênero (até por gostar muito de música), achei o filme espetacular com temas musicais fantásticos! Ele é a adaptação de uma peça de teatro musical, que estreou em 1980 em Paris, que por sua vez é adaptada a partir do livro "Les Misérables" (1862), do francês Victor Hugo. A obra já teve várias adaptações para teatro, televisão e cinema, mas nenhuma obteve tanto sucesso comercial, prêmios e críticas positivas quanto esta última. Após assisti-la fica a vontade grande de ler este clássico da literatura.
    A história ocorre na França monárquica do início do século XIX, logo após a Revolução Francesa, cujos ideais de igualdade nunca se concretizaram. Este fato histórico é marcante na trama, mostrando as histórias realmente miseráveis de pessoas sem esperanças nem oportunidades. Estas histórias se cruzam, sendo Jean Valjean, um ex-prisioneiro, criminoso forjado pela pobreza, o elo de ligação entre elas.
    O mais legal do filme: difícil escolher. Mas fico com as incríveis cenas épicas, primeira e última do filme.

Trailer (site oficial)

Ficha Técnica
Les Misérables (2013)
Direção: Tom Hooper
Elenco: Hugh Jackman, Russel Crowe, Anne Hathaway, Helena Bonham Carter, Sacha Baron Cohen, Amanda Seyfried, Eddie Redmayne
Duração: 157 minutos
Principais premiações: Atriz Coadjuvante para Anne Hathaway (Oscar, Bafta, Globo de Ouro), Maquiagem (Oscar, Bafta), Filme (Globo de Ouro - Categoria Comédia ou Musical), Ator para Hugh Jackman (Globo de Ouro - Categoria Comédia ou Musical).

sábado, 2 de março de 2013

Diabolique

    Nicole Horner e Mia Baran são duas mulheres completamente diferentes. Uma é o estereótipo da mulher frágil, romântica, insegura e tímida. A outra representa o oposto: confiante, ácida, astuta e sexy. O que elas têm em comum? Trabalham como professoras na mesma escola e se relacionam amorosamente e sexualmente com o mesmo homem.
    A partir destas informações pode-ser pensar que as duas mulheres citadas são inimigas, e que este será mais um filme a tratar da infidelidade. Engano. A história se desenvolve justamente a partir do momento em que Nicole e Mia se unem para colocar um fim nessa situação e ainda lucrar financeiramente com isso.
    O homem em comum em suas vidas é o diretor da escola, casado com uma delas e amante da outra. Sua relação com ambas possui características bastante diferentes, mas as duas mulheres se sentem incomodadas com a personalidade dele, um homem dominador e ganancioso. Elas então decidem matá-lo, para livrarem-se dessa relação nefasta. Mas alguém as está observando e faz questão de demonstrar isto a todo momento.
    Esta produção é uma refilmagem do thriller francês "Les Diaboliques", lançado em 1954 e considerado um clássico desse gênero. Dizem que este filme inspirou Alfred Hitchcock no seu maior clássico "Psycho". Coincidência ou não, a melhor cena do filme (ao menos na refilmagem) ocorre em um banheiro.
    O mais legal do filme: os momentos que envolvem o assassinato. O início, o ato e toda a engenharia para se livrar do corpo. Grandes cenas!

Trailer

Ficha Técnica
Diabolique (1996)
Direção: Jeremiah S. Chechik
Elenco: Sharon Stone, Isabelle Adjani, Chazz Palminteri, Kathy Bates
Duração: 107 minutos